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Pro Água Vale do Paraíba

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PRO ÁGUA VALE DO PARAÍBA

“Estudo da influência da recuperação e conservação ambiental na melhoria da qualidade e quantidade da água em duas microbacias do Rio Paraíba do Sul, no Estado de São Paulo.”

Com financiamento do FEHIDRO - Fundo Estadual de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo, o Projeto Pró Água Vale do Paraíba é resultado da parceria entre o Instituto Oikos de Agroecologia, o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC-INPE) e a Floresta Nacional de Lorena (ICMBio).

Apoio

O projeto tem o apoio das seguintes instituições:

Assoc. de Produtores Rurais da Microbacia do Ribeirão dos Macacos
Cooperativa de Laticínios de Lorena e Piquete
Sindicato Rural de Lorena e Piquete
Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Rural de Lorena
Secretaria de Educação de Lorena
EMEF Padre João Renaudin de Ranville
Comitê de Águas do Município de Lorena
CATI-EDR Guaratinguetá.
UNESP-FEG
CPTEC/INPE - Laboratório de Instrumentação Meteorológica de Cachoeira Paulista


Objetivo

Gerar dados e indicadores que possam direcionar o desenvolvimento de políticas públicas para gestão dos recursos hídricos, com a valoração dos serviços ambientais.

Por que monitorar?

Embora o argumento corrente de que ações de recuperação de áreas florestais e a adoção de técnicas de baixo impacto ambiental nas atividades agropecuárias tenham um efeito positivo sobre a qualidade e quantidade das águas superficiais, são raros os estudos que se propõem a valorar estes resultados. Isto se deve, em parte, ao tempo de acompanhamento que se faz necessário para que os efeitos de tais mudanças se façam perceptíveis. Outro fator de complexidade desse tipo de projeto, é que, para obter resultados precisos de qualidade e quantidade de água em uma porção definida do território é necessário monitorar também a vazão dos rios e as precipitações atmosféricas.

Desde 2003 o Instituto Oikos vem realizando ações na Bacia do Ribeirão dos Macacos visando recuperar ambientes e reduzir os impactos ambientais da atividade agropecuária tradicional, com a recuperação de Áreas de Preservação Permanente de rios, nascentes e encostas e mudanças no padrão de uso do solo, como por exemplo, ações que impedem o acesso direto do gado aos cursos d’água. Isso tudo, no entanto, foi feito sem a preocupação, até a realização deste projeto, de quantificar os efeitos na qualidade e quantidade das águas da microbacia.

Em 2006, o Instituto realizou o primeiro monitoramento da qualidade das águas superficiais da microbacia do Ribeirão dos Macacos através de 07 estações amostrais. Os resultados mostraram contaminação por coliformes fecais, indicativos de perda de solo por erosão e o lançamento de fosfato nos cursos d’água.

A geração de dados, informação e conhecimento por meio de um projeto piloto de monitoramento, é a proposta deste projeto. Pretende-se também que os resultados sirvam de base para o direcionamento de ações e políticas públicas pelos Comitês Municipais de Recursos Hídricos dos municípios diretamente abrangidos (Lorena e Guaratinguetá) e pelo Comitê Paulista da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (CBH-PS), dentro das perspectivas do Plano de Recursos Hídricos do Estado de São Paulo.

Metodologia

Através do monitoramento em longo prazo, da qualidade e quantidade da água em duas microbacias do município de Lorena, contribuintes do Rio Paraíba do Sul – microbacia do Ribeirão dos Macacos (Figura1) e do Ribeirão dos Passos (Figura 2) são avaliadas as mudanças provocadas pelas ações de restauração ambiental, eliminação de fontes pontuais de contaminação e mudança no padrão do uso do solo. As bacias do Ribeirão dos Macacos e do Ribeirão dos Passos, refletem os padrões de uso e ocupação humana, assim como as características físico-ambientais das bacias tributárias do rio Paraíba do Sul no Estado de São Paulo. Esta semelhança permitirá a extrapolação da informação produzida por este projeto para outras bacias contribuintes do Paraíba do Sul.

Para o monitoramento da qualidade das águas foram escolhidos cinco pontos de monitoramento no curso do rio principal e de um afluente. O monitoramento é feito por meio de duas sondas multiparamétricas; para os parâmetros pH, Temperatura, Profundidade, Oxigênio Dissolvido, Condutividade, e os íons Cloreto, Amônio e Nitrato é usada uma sonda marca YSI modelo 6820 V2 . Para medir a profundidade, Oxigênio Dissolvido, Condutividade e pH é usada uma sonda Global modelo GL 500-7-2 e para o monitoramento da turbidez das águas é utilizado um turbidímetro portátil modelo TB1000P.

O monitoramento meteorológico da microbacia está sendo feito através de 2 plu-viômetros da Marca Squitter e corroborados com os dados de um pluviômetro agrícola instalado na Antiga Fazenda da Conceição (localizada na bacia do Ribeirão dos Macacos), com geração de dados desde 1999. Nas figuras 3, 3a, 3b abaixo, é possível observar as atividades de monitoramento.

A medida da vazão do rio principal é feita em quatro pontos, em seções livres de interferência (figura 4), por um método simples, em que se utilizou a medição indireta também conhecida como “manual”.

O monitoramento é feito também pela interpolação dos dados meteorológicos gerados por três Plataformas de Coleta de Dados (PCDs) do CPTEC/INPE, localizadas em: Cachoeira Paulista (latitude: 22°40’43,3’’; longitude: 45°00’10’’; altitude: 685m), Guaratinguetá (latitude: 22°48’05,9’’; longitude: 45°11’31,6’’; altitude: 587m) e Piquete (latitude: 22°31’35,6’’; longitude: 45°08’49,6’’; altitude: 1.144m), esta última instalada dentro do âmbito deste projeto (Figuras 5, 6 e 6a).

As PCD’s são instaladas em torres de 10 metros de altura e contém os sensores de temperatura, pressão, radiação solar, direção e velocidade do vento, umidade e precipi-tação Os dados das PCD’s são coletados e armazenados por um “datalogger”, e transmitidos pelo Satélite de Coleta de Dados (SCD) do INPE e disponibilizados no link abaixo. http://sinda.crn2.inpe.br/PCD/metadados.jsp?uf=24&id=31006&tipo=MET

O monitoramento meteorológico da bacia do Ribeirão dos Macacos é tema da Dissertação de Mestrado da Engenheira Agrícola, Lívia Alves Alvarenga, mestranda em meteorologia no Instituto Nacional de pesquisas Espaciais, INPE de São José dos Campos, orientada pela Dra. Maria Paulete Pereira Martins.

Ações de Minimização de Ipacto Sobre as Águas

Para fins de redução da carga de poluentes nas águas da bacia do Ribeirão dos Macacos, foram executadas por este projeto as seguintes atividades:

• Implantação de 5 hectares de Pastejo Rotacionado Voisin.
• Instalação de 6 Fossas Sépticas instaladas.
• Manutenção em 8 fossas já instaladas na microbacia pelos proprietários.
• Instalação de tanques (chorumeira) para coleta do chorume de curral para posterior destinação a áreas de produção (pastagem e capineira) em duas propriedades.
• Implantação de 1,5 hectares de plantio de espécies nativas, visando a restauração de APPs de nascentes que abastecem uma represa usada para dessedentação animal.

Eventos e Seminários de Difusão

  • Realização do Evento de Lançamento do Projeto, concomitante com o 1º Seminário Técnico Científico, no dia 18 de junho de 2009, no Recinto de Exposições do Sindicato Rural de Lorena e Piquete, ao qual compareceram 58 convidados, representando instituições públicas e privadas com atuação no Vale do Paraíba.

  • Realização do 2º Seminário Técnico Científico no dia 09 de setembro, durante a II Feira de Ciências, Cultura e Meio Ambiente da Escola de Engenharia de Lorena – EEL/USP e COTEL.

Duração

O Pró Água (Fase 1) teve início em março de 2009 e seu encerramento está previsto para dezembro de 2011, com a realização de um seminário regional para discutir os resultados do projeto e as ações futuras.

 
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